Um mal que já atinge 80% das pessoas. Ansiedade pode ser considerada como uma emoção de alarme que se encontra associada a sensações de angústia, tensão e insegurança que, quando são frequentes e/ou intensas e incontroláveis, causando mal estar significativo, conduzem a patologia (doença). A pessoa que sofre de ansiedade sente-se angustiada, ameaçada, bloqueada e pode inclusivamente dizer ter “maus pressentimentos”, mesmo sem, muitas vezes, conseguir identificar o motivo que está a causar esse mal estar.
A ansiedade pode provocar vários sintomas físicos como arritmia / taquicardia (alteração no ritmo cardíaco ou do coração), vertigens ou tonturas, boca seca, dificuldade respiratória (falta de ar), entre outros. Para além destes sintomas físicos, a ansiedade pode provocar várias alterações psíquicas, como reações cognitivas (preocupação excessiva, dificuldades de concentração…), comportamentais (tremores, paralisação…) e sociais (dificuldades em falar em público, evitamento de eventos sociais…) que podem afetar a qualidade de vida dos indivíduos.
Que estímulos podem desencadear a ansiedade?
Existem diversos estímulos que podem desencadear os momentos de ansiedade, tais como problemas físicos/biológicos (ex: alterações hormonais), contexto profissional (ex: possibilidade de desemprego) ou académico (ex: momentos de avaliação), fatores familiares (ex: divórcio), dilemas pessoais (ex: orientação sexual), situações de infância (ex: negligência), entre outros, como eventos decorrentes de catástrofes ou incidentes / acidentes graves.
Cada caso é único e é importante explorar a história de vida da pessoa para ser possível detetar a origem e os estímulos que fazem surgir esta emoção negativa de modo a se conseguir intervir adequadamente.
Existe, ainda, o termo de ansiedade positiva, que está associado a períodos de adaptação e nos motiva a agir ou a procurar mais e melhor no dia a dia. Esta não é, no entanto, patológica, embora possa originar outros problemas, ou evoluir para patologia ansiosa, caso o nível de intensidade aumente.
Causas da ansiedade
Como já foi anteriormente mencionado, a ansiedade pode surgir por diversos fatores e nem sempre a pessoa consegue identificar o motivo que origina a angústia ou insegurança que sente. Este mal estar pode ser provocado por estímulos internos ou externos.
Os fatores internos estão associados a questões biológicas, à própria herança genética (hereditária) do indivíduo ou a alterações do organismo (ex: alterações hormonais ou desenvolvimento de doenças).
Por outro lado, os fatores externos encontram-se ligados aos eventos que vão ocorrendo ao longo da vida e que podem ser de ordem pessoal (ex: dúvidas sobre religião, orientação sexual, estilo de vida…), familiar (ex: conflitos, morte…), relacional (ex: divórcio, recasamento…), profissional (ex: possibilidade de desemprego ou de promoção) e social (ex: alterações no estatuto socioeconômico).
O que consumimos (comemos, bebemos) pode, também, influenciar episódios ou perturbações de ansiedade, particularmente no caso de substâncias que alteram a consciência, como o caso de consumo de bebidas alcoólicas ou outro tipo de drogas.
É importante destacar que raramente existe um único fator responsável pela ansiedade. São, geralmente, vários os estímulos que se vão interligando e vão criando um quadro clínico propício às reações ansiosas.
Estratégias para prevenir / lidar com a ansiedade
Existem alguns comportamentos e atitudes simples que podem ser colocados em prática no sentido de prevenir ou de lidar com a ansiedade.
Deixamos-lhe as seguintes dicas que pode fazer no seu dia a dia:
• Dedique tempo a atividades que lhe proporcionem prazer (ex: ler um livro, desenhar/pintar, ouvir música relaxante, …);
• Foque-se no que o seu dia teve de positivo;
• Desfrute de momentos de descanso ao longo do dia e de um sono suficientemente reparador;
• Crie um momento diário de reflexão e relaxamento, onde, num local em que se sinta confortável, possa escutar música, de olhos fechados, enquanto se foca na sua respiração, por exemplo.
• A meditação e o mindfulness (“atenção plena” – técnica associada a meditação, onde existe o foco no momento presente, no “aqui e agora”, que tenta promover uma vida mais pacífica e satisfatória) têm vindo a ser cada vez mais validados como possíveis estratégias complementares no tratamento da ansiedade e na prevenção de sintomas ansiosas;
• Adote, dentro do possível, um estilo de vida não sedentário, com exercícios físicos adequados às suas caraterísticas pessoais. Alguns exercícios não tradicionais têm vindo a ser cada vez mais utilizados para prevenir ou ajudar a combater a ansiedade, como a prática de: Yoga – treino das posturas do corpo, do controlo da respiração e da meditação; Pilates – foca-se na estabilidade, no equilíbrio, promovendo a força muscular, a melhoria das posturas corporais e o controlo da respiração. Ressalva-se, contudo, que tanto a prática de yoga como a de pilates não devem ser encaradas como uma estratégia isolada, mas sim como complementos ao tratamento, nos casos patológicos.
• Prefira alimentos ricos em omega 3 (como salmão, atum, frutos secos…), alimentos que contenham vitaminas do complexo b (como arroz e pão integral, aveia, espinafres…) e que promovam sensações de calma, como chá de extrato de camomila; Por outro lado, evite, substâncias como a cafeína (café, chá preto…), alimentos ou bebidas ricos em açúcar ou bebidas alcoólicas;
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